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Brasília (Folhapress) – Criticar a atual condução da política econômica governo é um erro para o Partido dos Trabalhadores, que está com baixa credibilidade, avalia o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. "Acho que a política econômica tem alta credibilidade. É um dos pilares de sustentação do governo. E acho que o PT está em um momento de baixa credibilidade. É um erro fazer esse tipo de ataque", disse ontem.

A declaração foi uma resposta ao deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que, na segunda-feira, havia dito que seria necessário que a política econômica gerasse mais empregos e que o empenho na execução do Orçamento fosse maior. Berzoini será o candidato do Campo Majoritário – que reúne 60% das tendências do partido – à presidência do PT.

Bernardo ressaltou que se sente à vontade para falar do assunto porque é também membro da chapa que disputará as eleições no próximo dia 18 de setembro. Ele acrescentou caso o PT queira mudar os rumos da política econômica, "isso irá transformar o nosso candidato [à Presidência da República] em um candidato de oposição ao presidente Lula".

Crise

Para o ministro do Planejamento, a atual crise política não é motivo para paralisia do governo. "Ao mesmo tempo que a crise já dura mais de cem dias, as instituições funcionam com plena vitalidade e a economia segue absolutamente normal." No entanto, ele admite que o nível de execução orçamentária está mais baixo que o desejado, mas que isso ocorre não pela crise, mas por questões ambientais e de burocracia. "O governo tem que admitir que está em um nível abaixo dos que a gente gostaria", avaliou.

Entre janeiro e julho, os ministérios liquidaram apenas R$ 1,661 bilhão dos R$ 13,018 bilhões permitidos para se gastar neste ano. Ou seja, em sete meses, gastou apenas 12,75% do permitido. Mesmo considerando o que os ministérios já se comprometeram a gastar (empenho), o desempenho ainda é baixo. O total das despesas de investimento empenhado até julho é de R$ 5,412 bilhões, 41,6% do total permitido. "O governo anda em um ritmo mais lento do que a sociedade gostaria, mas não está parado".

Sobre a paralisação das votações das reformas no Congresso Nacional, ele deixou claro que isso não depende do Executivo. "Eu acho que o Congresso deve fazer um trabalho intenso de investigação, mas precisa ao mesmo tempo executar as votações", disse.

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