A Executiva Nacional do PT, reunida nesta segunda-feira em Brasília, decidiu não tornar pública a lista de de ministeriáveis do partido. Os membros do conselho político petista passaram a manhã reunidos para decidir quais seriam os nomes sugeridos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para integrar o ministério do segundo mandato.
Segundo o presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP), a lista ficou em segredo para não criar constrangimentos com Lula e com a base aliada.
- Não foi um recuo, mas uma decisão política. Vamos entregar a lista apenas ao presidente Lula, para que ele toma a decisão. Assim não haverá qualquer tipo de constrangimento nem se ficará especulando com nomes e situações. A maneira mais correta é deixar o presidente Lula decidir - afirmou o deputado.
Segundo Berzoini, o PT agora vai esperar para ser chamado para uma audiência com Lula e apresentar os nomes.
A vice-presidente do PT, deputada Maria do Rosário (PT-RS), praticamente repetiu as palavras de Berzoini.
- Existe uma decisão, mas não vai haver divulgação da lista para não haver constrangimento - disse a deputada.
A deputada negou que haja a intenção de criar atritos com outros partidos da base aliada. O principal nome do PT para o ministério, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, é cotada para a pasta das Cidades, ocupada atualmente por Márcio Fortes, do PP.
- O PT quer o governo de coalizão e vai respeitar isso - disse a deputada.
De acordo com petistas presentes à reunião, os nomes escolhidos pelo partido para integrar a Esplanada foram Marta Suplicy, para o Ministério das Cidades e Walter Pinheiro, para o Desenvolvimento Agrário. O PT teria decidido também apresentar três sugestões para a Secretaria Especial de Direitos Humanos: os deputados federais Luiz Eduardo Greenhalgh (SP) e Iriny Lopes (ES) e o ex-deputado estadual paulista Renato Simões.
Além das Cidades, Marta também é cotada para a Educação. A idéia também enfrenta obstáculos, já que Lula julga positivo o desempenho do atual ministro da Educação, Fernando Haddad, e pode mantê-lo no cargo. A ex-perfeita, no entanto, é a prioridade do PT por ser uma das principais apostas do partido para a eleição presidencial de 2010.
Diante da possibilidade de o PT tentar acomodar Marta no Ministério do Trabalho, duas centrais sindicais divulgaram nota, nesta segunda-feira, apoiando a permanência de Luiz Marinho na pasta. No texto, a Força Sindical e a CGT dizem esperar que Lula reconheça o trabalho do ministro.
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