Líderes partidários da Câmara dos Deputados definiram na tarde desta terça-feira (18) as presidências das comissões temáticas permanentes da Casa. O PT abocanhou as Comissões de Constituição e Justiça (CCJ), Seguridade Social e Família (que trata de temas relativos à área da Saúde), foi contemplado com a Comissão Mista de Orçamento (a CMO, formada por deputados e senadores) e por pouco, não perdeu Direitos Humanos e Minorias.
Na reunião que sacramentou o controle das comissões, o PSB surpreendeu ao escolher uma comissão que já estava encaminhada para outro partido. Como o líder Beto Albuquerque (RS) não havia participado do acordo prévio, ao anunciar sua opção acabou mudando a ordem prevista das escolhas e a Comissão de Direitos Humanos caiu no colo do PTB, gerando uma tensão entre os líderes. Assim, o PT escolheu Viação e Transportes e fez a troca com o PTB. "Fiquei ali muito preocupado com Direitos Humanos", admitiu o líder do PT, Vicentinho (SP).
O petista saiu da reunião reafirmando que Direitos Humanos era uma prioridade do partido e que precisava voltar às mãos de parlamentares ligados historicamente com o setor. "Não poderíamos permitir que essa comissão ficasse em mãos erradas", disse Vicentinho.
Com a distribuição, o PSC - que demandava o controle de um grupo de trabalho - vai presidir a Comissão de Legislação Participativa, a que sobrou na ordem de escolhas. O PT tinha direito de reivindicar a quarta comissão da Casa, mas cedeu à pressão do PSC. A Comissão de Turismo e Desporto foi desmembrada: o PP ficou com Turismo (além da Comissão de Trabalho) e o PDT com Desporto. Assim, a Câmara passou a ter 22 comissões permanentes.
O PSB escolheu Educação, que antes estava na mira do DEM e do PSDB. Este herdou as comissões de Relações Exteriores, além de Ciência e Tecnologia. O DEM ficou com Segurança Pública.
Os recém-criados PROS e Solidariedade também passam a controlar comissões na Câmara. O primeiro ficou com Integração Nacional e o segundo, com Desenvolvimento Econômico.
O segundo partido da Casa, o PMDB, controlará Desenvolvimento Urbano, Finanças e Tributação, além de Fiscalização Financeira e Controle. O PSD conseguiu Minas e Energia e Defesa do Consumidor. O PR presidirá Agricultura, o PV, Meio Ambiente e o PCdoB ficará com Cultura.
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