O PT do Paraná acaba de dar mais um passo que elimina a mínima chance de aliança com o PMDB nas eleições de 2006. Durante encontro no fim de semana, em Curitiba, deputados e lideranças de várias correntes petistas deram sinal verde para lançar o senador Flávio Arns candidato a governador.

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O partido está tentando superar as divergências internas e fechar um consenso em torno da candidatura do senador. "O Flávio disse que tem disponibilidade e está à disposição do partido. No grupo, o nome dele é aceito por unanimidade", disse o presidente estadual do PT, André Vargas.

A candidatura própria é uma tentativa de reverter o clima negativo provocado pelas denúncias de corrupção envolvendo o partido e aliados no Congresso Nacional e garantir a sobrevivência política na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal. Disputar na cabeça de chapa, no entendimento da direção petista, pode atrair mais votos de legenda.

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Além do senador, participaram da reunião o ministro Paulo Bernardo; o diretor da Itaipu Binacional, Jorge Samek; o secretário de Trabalho e Promoção Social, Padre Roque Zimmermann; os deputados estaduais Pedro Ivo, Luciana Rafagnin, Hermes da Fonseca e Elton Welter, além dos deputados federais Selma Schons e Dr. Rosinha. O deputado estadual Ângelo Vanhoni e os deputados federais Irineu Colombo, Dilto Vitorassi e Assis Miguel do Couto não participaram do encontro, mas mandaram representantes.

Até o dia 12 de novembro, o PT pretende realizar um encontro estadual e criar o Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), que vai definir uma agenda de campanha para 2006. Segundo André Vargas, o partido está aberto a outros pré-candidatos, mas até agora Flávio Arns foi o único que se apresentou para a disputa.

Na pretendida chapa encabeçada por Arns, o partido também costura a pré-candidatura ao Senado da diretora financeira da Itaipu Binacional, Gleisi Hofman.

Para reforçar o grupo de apoio, André Vargas disse que a direção ainda precisa conversar com a deputada federal Clair da Flora Martins e com o deputado estadual Tadeu Veneri, que integra a ala mais à esquerda do partido e foi seu adversário na eleição para a presidência do PT, no mês passado.

Veneri antecipou que considera Arns e Gleisi "bons nomes que cabem na disputa", mas seria um equívoco identificar a candidatura dos dois como de uma ou de outra corrente do partido. Alertou ainda que esses são os primeiros candidatos e poderão vir outros, o que exigirá a realização de prévias para definir os nomes.

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Depois de cumprir três mandatos como deputado estadual, Flávio Arns foi eleito senador em 2002 com 1.995.602 votos e tem mais quatro anos de mandato. Mesmo que decida concorrer terá sua cadeira assegurada no Senado independentemente do resultado da eleição.

Arns iniciou sua trajetória política em 1990 no PSDB e ingressou no PT em 2001. Sua atuação é voltada para área social, principalmente para programas que beneficiam deficientes.