Um depósito de R$ 1 milhão em dinheiro foi feito pelo PT em maio deste ano na conta da Coteminas, empresa do vice-presidente José Alencar (PL), conforme o Conselho de Controle de Atividades Financeiras do Ministério da Fazenda. Em matéria publicada na edição deste domingo, a "Folha de S. Paulo" denuncia que o depósito não aparece em nenhuma das 16 contas bancárias do PT analisadas pela CPI dos Correios. A operação foi feita na época em que Delúbio Soares era tesoureiro do partido. Ele nega que o dinheiro seja irregular e afirma que a operação financeira consta na contabilidade do partido, o que a atual direção nega.
De acordo com Josué Gomes da Silva, presidente da Coteminas e filho de José Alencar, o R$ 1 milhão "era dinheiro do PT" para pagar parte da dívida do partido com a empresa e foi levado "por uma senhora". O PT tem uma dívida com a Coteminas pelo fornecimento de 2,75 milhões de camisetas usadas na campanha de 2004. O sub-relator da CPI, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), acredita que o PT usou Caixa 2 para pagar a Coteminas de Alencar. A CPI, a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República investigam operação irregular montada por Delúbio Soares e pelo publicitário Marcos Valério para beneficiar o PT e partidos aliados.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”