Apesar de anunciar em seu programa de TV que vai expulsar de suas fileiras qualquer petista que for julgado culpado no fim de um processo judicial, a cúpula do PT definiu que a regra não valerá para os condenados e presos no mensalão.
Segundo dirigentes ouvidos pela reportagem, “nenhuma lei” retroage a fim de prejudicar pessoas e, dessa forma, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino, ambos condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), vão permanecer filiados à legenda.
Além deles, o ex-tesoureiro Delúbio Soares, que chegou a ser expulso do PT no auge do escândalo, em 2005, mas teve sua refiliação aprovada em 2011, e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha também continuam na sigla.
Durante o programa que foi ao ar em cadeia nacional nesta terça-feira (5), o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que “qualquer petista que cometer malfeitos e ilegalidades não continuará nos quadros do partido”. Em seguida, um ator reitera: “Você ouviu. Qualquer petista que ao final do processo for julgado culpado será expulso.”
O estatuto do PT, que traz as regras de funcionamento interno do partido, já trata do assunto. “Dar-se-á a expulsão nos casos em que ocorrer condenação por crime infamante ou por práticas administrativas ilícitas, com sentença transitada em julgado”, diz o documento.
No entanto, desde a época das condenações do mensalão, a direção do PT justifica a permanência dos petistas classificando o julgamento e punição do STF como “políticos”.
Médicos afirmam que Lula não terá sequelas após mais uma emergência de saúde em seu 3º mandato
Saúde de Lula ameaça estabilidade do Governo em momento crítico; acompanhe o Sem Rodeios
Mudanças feitas no Senado elevam “maior imposto do mundo” para 28,1%
Congresso dobra aposta contra o STF e reserva R$ 60 bi para emendas em 2025
Deixe sua opinião