Partido rachado
O PMDB é visto como o "fiel da balança" das eleições no Paraná, podendo ir com Gleisi Hoffmann, ou apoiar a reeleição de Beto Richa ou lançar candidatura própria, provavelmente de Roberto Requião. Rachado, o partido tem proposta de fazer uma pré-convenção antes do prazo definido pela lei, em junho, para chegar a uma conclusão de qual é o melhor caminho a ser seguido. Os peemedebistas atualmente integram tanto o governo de Dilma Rousseff como o de Beto Richa (PSDB).
A cúpula petista no Paraná deu ontem mais uma cartada para fechar acordo com o PMDB em torno da candidatura de Gleisi Hoffmann (PT) para o governo do estado. Em evento com a presença da direção estadual e de parlamentares, o PT disse que está disposto a entregar a vice na chapa ao Executivo ou a vaga para a disputa ao Senado.
"Vamos tentar costurar apoio com todos os partidos que compõem a base do governo Dilma. Inclusive com o PMDB, que, caso não tenha candidatura própria, poderá indicar o vice na chapa ao governo ou algum candidato ao Senado", disse o deputado estadual Enio Verri, presidente do PT no Paraná. Junto com o deputado federal André Vargas, Verri está responsável pela costura de alianças para a eleição deste ano.
Para o grupo, a chapa ideal seria composta por Gleisi, um vice indicado pelo PMDB e Osmar Dias (PDT) concorrendo ao Senado. O PT já tem conversas adiantadas com o PDT e o PCdoB e Verri diz ainda que deve estreitar os laços com o PSD.
Na reunião de ontem, foram definidos grupos dentro do partido para ações nos próximos seis meses que se intensificam a partir da primeira semana de fevereiro, com o retorno das sessões na Assembleia Legislativa do estado e no Congresso Nacional.
O deputado Angelo Vanhoni ficará à frente do grupo que vai montar o plano de governo. Zeca Dirceu ficará responsável por coordenar a equipe de prefeitos e vereadores que, no interior, darão apoio à candidatura.
Na primeira semana de fevereiro, Gleisi deve fazer, entretanto, um primeiro teste de popularidade realizando corpo a corpo com populares no Show Rural, em Cascavel, tradicional evento da região que abre o calendário anual de feiras agrícolas. Além dos grandes eventos do estado, a chefe da Casa Civil da Presidência da República deve percorrer em fevereiro as cidades participando de plenárias. Na ocasião, Gleisi deve adotar o discurso de que "as grandes obras do Paraná foram feitas com recursos do governo federal".
A pré-candidata não participou da reunião porque, mesmo estando de férias, teria sido chamada para compromissos em Brasília, segundo a assessoria de imprensa do partido.
Deixe sua opinião