A Executiva Estadual do PT de São Paulo aprovou nesta segunda uma nota de orientação para que os três vereadores do partido em Campinas (SP) - Angelo Barreto, Jaírson Canário e Josias Lech - votem no vereador Arly de Lara Romeo, candidato do PSB a prefeito na eleição indireta a ser realizada amanhã (10) na cidade paulista.
Segundo o presidente estadual do PT, Edinho Silva, a diretiva é "um gesto de boa vontade de dialogar com o PSB", em busca do apoio do partido à candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad, nas eleições para a Prefeitura da capital paulista, em outubro.
A orientação, no entanto, vai contra a posição do Diretório Municipal do PT de Campinas, que aprovou, na semana passada, a abstenção na eleição de amanhã, prevista para ter início às 10h. "A posição em Campinas é muito difícil, e a prioridade é manter o partido unido na cidade", disse Edinho, há pouco, por telefone. Ele seguia justamente para Campinas a fim de discutir a posição do PT na cidade.
Na eleição de amanhã, os 33 vereadores de Campinas escolherão o substituto para o cargo ocupado interinamente pelo presidente da Câmara, Pedro Serafim (PDT). O vereador é prefeito desde o fim ano passado, após a cassação dos ex-prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) e do vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT).
Favoritos, Serafim e Romeo disputarão a eleição com o também vereador Antonio Francisco dos Santos, o Politizador (PMN), e com o procurador José Ferreira Campos Filho (PRTB).
Se ocorrer, o apoio do PT ao PSB, no entanto, deve se restringir apenas à eleição indireta na cidade do interior paulista. Segundo Edinho, a tendência do PT em Campinas é ter candidato próprio a prefeito na eleição direta de outubro. Uma prévia para a escolha do nome está marcada para o próximo final de semana. Participam da disputa o ex-vereador e ex-deputado estadual Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, e o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann.
Já o PSB terá como candidato a prefeito na eleição de outubro o deputado federal Jonas Donizette. O maior entrave para a aliança entre PT e o PSB na eleição direta, em outubro, é o apoio que o parlamentar já recebeu do PSDB em Campinas.
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