A Executiva Nacional do PT decidiu enviar uma comissão de três membros para ouvir o deputado licenciado e ex-vice presidente da Câmara André Vargas (PT-PR) sobre as denúncias envolvendo seu nome e deve criar uma Comissão de Ética para decidir seu futuro no partido. Segundo o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, a comissão será integrada por um dos vice-presidentes do partido, Alberto Cantalice, pelo responsável pela "organização" da sigla, Florisvaldo Souza, e por Carlos Árabe, da formação política do PT.
A decisão foi tomada nesta quinta-feira (10), em São Paulo, após reunião extraordinária da executiva para discutir a situação de André Vargas. "Previamente à instalação da comissão de ética [no partido], a Executiva Nacional decidiu ouvir o companheiro André Vargas a respeito dos fatos noticiados", disse Falcão em entrevista coletiva após a reunião. O relato da comissão à Executiva Nacional subsidiará "encaminhamentos posteriores", segundo o Falcão.
A reportagem apurou que parte da executiva chegou a defender a instalação imediata de uma Comissão de Ética, mas prevaleceu a avaliação de que seria menos desgastante para Vargas e para o partido primeiramente enviar a comissão para ouvi-lo. No entanto, já é considerada certa a instalação da comissão em um segundo momento.
Sobre prazos para a tomada de decisões, Falcão disse: "não temos pressa, nem depressa". O presidente do partido disse ainda que "à luz dos fatos noticiados", Vargas deve se explicar" e que, formando a comissão, o PT está "atendendo ao primeiro pedido do presidente Lula, que é ouvi-lo".Anteontem, Lula havia afirmado em entrevista a blogueiros que André Vargas precisa "explicar à sociedade" sua relação com o doleiro Alberto Youssef para que o PT "não pague o pato".
Petrobras
Nesta quinta, a executiva do PT também divulgou nota em defesa da Petrobras, respondendo a um outro pedido de Lula, que na terça-feira pediu que o partido e o governo defendessem com "unhas e dentes" a estatal. "O PT assume a defesa incondicional da Petrobras e adverte: quem agride a Petrobras, agride o Brasil", disse o documento.
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