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Enio Verri: preocupação é evitar confrontos. | Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo/Arquivo
Enio Verri: preocupação é evitar confrontos.| Foto: Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo/Arquivo

Ao contrário de São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, onde mobilizações em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão sendo marcadas para o próximo domingo (13), Curitiba não deverá, na mesma data, levar militantes petistas às ruas para protestar contra os resultados desestabilizadores da última fase da Operação Lava Jato, deflagrada na sexta-feira (4).

“Fora Dilma”

Espécie de comemoração ao primeiro aniversário da manifestação que os grupos anti-PT consideram histórica – realizada em diversas capitais brasileiras ao mesmo tempo, no dia 15 de março do ano passado –, Curitiba e outras várias cidades do país irão para as ruas neste domingo.

As bandeiras levantadas por eles devem dar apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, destaque às posturas do juiz Sérgio Moro, e, agora, ainda mais reforço à Operação Lava Jato.

Na capital paranaense, o ato será conduzido pelos movimentos Vem Pra Rua (VPR) e Brasil Livre, que já estiveram à frente dos protestos realizados em 2015 na capital.

Os resultados da operação conduzida pela Polícia Federal inflaram o número de participantes que já confirmaram presença no ato curitibano. De acordo com Patricia Mascarenha, coordenadora do VPR Curitiba, desde os últimos resultados da Lava Jato subiram de 700 para 10 mil a quantidade de pessoas que confirmaram, vias redes sociais, a participação no protesto. O grupo diz estar “confiante” quanto à adesão e acredita que esse ato possa superar a concentração de março do ano passado, quando 80 mil foram às ruas.

Veja outras cidades do PR em que haverá protesto:

Apucarana - Praça Rui Barbosa; 15h
Arapongas - Praça Mauá; 16h
Campo Mourão - Praça São José; 9h
Cascavel - Prefeitura; 15h
Castro - Parque Lacrustre;15h
Cornélio Procópio - Prefeitura;15h
Foz do Iguaçu - Praça do Mitre - 9h
Guarapuava - Praça Cleve ;15h
Irati - Praça da Bandeira ;15h30
Londrina - Colégio Vicente Rijo; 15h
Ponta Grossa - Igreja dos Polacos; 15h

Nesta segunda-feira (7), a presidência do Partido dos Trabalhadores no Paraná (PT) afirmou que irá orientar os apoiadores do governo para que, no domingo, deixem as vias livres para os grupos anti-PT. No Paraná, além de Curitiba, outras 11 cidades têm manifestações “Fora Dilma” confirmadas (veja quais no box ao lado).

Enio Verri, deputado federal pelo PT-PR e presidente do partido no estado, explicou que a negativa de marcar protestos para o próximo final de semana é sustentada pelo receio de enfrentamentos nervosos, como o que ocorreu em São Bernardo do Campo, logo após a Polícia Federal (PF) ter conduzido coercitivamente Lula para prestar depoimento em razão da operação Aletheia.

“Nós queremos lutar pela democracia e não se consegue isso com violência”, avalia Verri, que vai propor aos manifestantes pró-Lula e Dilma para que se manifestem por meio das redes sociais. “Vamos usar as redes sociais para mostrar o risco que a democracia está vivendo hoje”.

Agenda de março

De acordo com o deputado, simpatizantes do governo Dilma e do PT participam de três atos este mês.

O primeiro deles ocorre nesta terça (8), data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. Liderado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), o início da manifestação está marcado para as 7h30, em frente à sede da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) em Curitiba, no Batel.

Uma das brigas é contra o Projeto de Lei 131, que altera partilha do pré-sal e acaba com a exclusividade obrigatória de a Petrobras possuir, no mínimo, 30% nos grupos de exploração e produção. Ainda na pauta, estarão reivindicações contra o aumento na tarifa de luz e água e a desigualdade de gênero. Ao longo do dia, outros atos deverão ser realizados na capital,

No dia 18 de março, militantes também planejam sair às ruas em todo o Brasil. O ato será em defesa de Lula. No dia 31 de março, militantes vão participar de um ato que, segundo o presidente do PT, Rui Falcão, será “em defesa dos direitos dos trabalhadores, da democracia, da reforma política e da Petrobras”. A última mobilização do mês ocorre 52 anos depois do início do golpe militar no país.

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