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O PT paulista prepara uma ofensiva contra o pré-candidato tucano a presidente da República Geraldo Alckmin. A estratégia segue três direções: pressionar para obter via decisão judicial a aprovação da CPI da Nossa Caixa, ao mesmo tempo em que tenta convencer os deputados a votar contra Alckmin e atrair protestos da sociedade civil para o plenário.

Nesta segunda-feira, o deputado Renato Simões (PT-SP) deve protocolar na Justiça Eleitoral representação contra a Nossa Caixa devido aos 250% de aumento nas verbas de publicidade para 2006. Para ele, a ampliação das verbas contraria a lei eleitoral. A Nossa Caixa discorda e informa não haver ilegalidade.

A oposição espera convocar para depor em plenário Roger Ferreira, ex-assessor de Comunicação de Alckmin, o presidente da Nossa Caixa, Carlos Eduardo da Silva Monteiro, e o ex-diretor de Marketing do banco Jaime de Castro Júnior, que denunciou o suposto esquema de uso político das verbas de publicidade. Na semana passada, quando começaram as denúncias contra o banco, o colégio de líderes postergou as investigações.

O corregedor da Assembléia paulista, Romeu Tuma Jr. (PMDB), se aliou aos petistas para pedir mandado de segurança e liminar no Tribunal de Justiça em favor da instalação da CPI. A decisão deve sair nesta semana. Os petistas vão pressionar o Supremo Tribunal Federal para que seja julgado recurso facilitando a instalação de CPIs.

- Além de barrar CPIs, Alckmin não permite que os citados sejam convocados. Está chato para eles - disse Enio Tatto, líder da bancada petista.

Durante o governo tucano, foram engavetados 69 pedidos de CPI.

Ao mesmo tempo, cresce a pressão sobre o presidente da Assembléia, Rodrigo Garcia (PFL), para que o pedido de CPI seja colocado em votação. Os deputados querem que ele também ponha em pauta a alteração do regimento, garantindo a instalação das CPIs por maioria simples, como no Congresso.

Atualmente, são necessários 50% dos votos mais um para a aprovação da CPI. Como o governo detém apoio da maioria dos deputados, consegue barrar as CPIs. Garcia disse que não se sente pressionado e que aguarda o consenso dos líderes para incluir os temas na pauta. Alckmin estará nesta segunda-feira em Brasília para encontros no diretório nacional do partido.

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