SÃO PAULO - O Diretório Nacional do PT decidiu neste sábado que vai manter por mais 30 dias a comissão de sindicância que apura as acusações contra os sete deputados do partido ameaçados de cassação pelas CPIs dos Correios e do Mensalão.

CARREGANDO :)

A proposta que previa o envio imediato dos casos para a comissão de ética do partido foi rejeitada por 30 votos a 23. A comissão de sindicância vai apurar, os deputados acusados serão ouvidos e, no final, vai apresentar o parecer. Se na conclusão avaliar que deve acionar a comissão de ética, a decisão será submetida à executiva nacional.

''Quem tiver culpa será punido. A sociedade, com o grau de informação que tem hoje, não vai deixar de exigir punição. E o PT vai falar a língua da sociedade'', disse o deputado João Paulo Cunha (SP), um dos que sete incluídos no processo.

Publicidade

Como o presidente do partido, Tarso Genro, o deputado Ricardo Berzoini (SP) havia se posicionado favoravelmente ao encaminhamento dos deputados à comissão de ética. Tarso foi voto vencido e Berzoini mudou sua posição.

''Eles já estão indicados para serem processados pelo conselho de ética da Câmara. Portanto, não há razão para o partido, agora, instaurar um procedimento paralelo, inclusive fazendo com que eles tenham que ter a preocupação de responder a dois processos simultaneamente. Que eles tenham tempo para se explicar ao conselho de ética da Câmara. A própria comissão de ética do PT poderá aproveitar esse esclarecimento ao conselho de ética da Câmara para formar juízo'', justificou Berzoini, que é o candidato do Campo Majoritário à presidência do partido, grupo que controla o PT.

Os deputados petistas que tiveram os nomes indicados para cassação pelas CPIs são João Paulo Cunha (SP), Professor Luizinho (SP), José mentor (SP), José Dirceu (SP), Paulo Rocha (PA), João Magno (MG) e Josias Gomes (BA).