A campanha da Associação Transparência Brasil "Não vote em mensaleiro" gerou nesta segunda-feira uma notícia-crime contra a entidade. A denúncia foi entregue pelo Diretório do PT em São Paulo ao Ministério Público Eleitoral. Na propaganda, veiculada via internet, a associação chama uma lista candidatos às vagas da Câmara de Deputados de "mensaleiros, vampiros e outros animais da mesma família".

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O partido alega que a associação se excedeu na campanha e que alguns dos deputados citados foram envolvidos nos episódios que a mídia denominou mensalão, mas todos foram absolvidos. A ação destaca que o site apresenta uma lista de nomes, com fotos e descrições que não comportam sequer os projetos propostos pelos candidatos ou um histórico de suas ações em cargos públicos.

- A campanha inverte o princípio da presunção de inocência. Ter sobre si qualquer suspeita já significa ser culpado - disse no texto da denúncia o presidente do PT de SP, Paulo Frateschi.

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A peça publicitária faz questão de ressaltar o caráter da associação, instituída para "promover a defesa do interesse público por meio do combate à corrupção", conforme o estatuto da entidade, e destaca projetos da entidade, como o "Programa de Anticorrupção nas Subprefeituras de São Paulo", empreendido entre outubro de 2005 e fevereiro de 2006.

Um link na página inicial do site permite acesso a um artigo, assinado pelo Diretor Executivo da Transparência Brasil, jornalista Cláudio Weber Abramo, que indica aos seus leitores o uso do banco de dados do site para escolher em quem não votar. "Do mensalão ao contrabando e ao trafico de drogas, inúmeros deputados federais são processados na Justiça buscam reeleição este ano", diz o artigo.

O texto da notícia-crime lembra que os fatos destacados constituem injúria grave "lançada sobre todos aqueles candidatos que são indiciados, averiguados ou mesmo condenados em processos criminais" e que ferem o pleito, pois ofendem o princípio da "igualdade de oportunidades entre os contendores do processo eleitoral".