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Governo e oposição não chegaram a acordo para votar o relatório do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) e o PT já protocolou o substitutivo ao texto às 10h na CPI dos Correios. Assim como o original, o relatório do PT tem três volumes e usa como base o parecer de Serraglio, tirando o indiciamento dos ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken e do ex-presidente do PT José Genoino. Em vez do indiciamento, o substitutivo propõe o encaminhamento das denúncias contra os três petistas ao Ministério Público.

O relatório de Serraglio deve ser votado primeiro, mas o PT vai tentar aprovar um requerimento para inverter a ordem e votar antes o substitutivo. O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) disse que isso não é possível, mas o petista Maurício Rands (PE), sub-relator geral, afirmou que o partido vai insistir em aprovar o requerimento.

O termo mensalão é mantido no substitutivo, como escreveu Serraglio. Segundo Rands, o importante é mostrar que não houve vinculação entre os repasses de dinheiro aos parlamentares da base aliada e votações no Congresso.

- O importante é mostrar os fatos, que não houve vinculação dos repasses com os votos dos parlamentares. Esse é um problema conceitual: mensalão ou caixa dois. Nós não vamos ficar fazendo beicinho por isso - afirmou Rands.

A reunião para discussão dos dois relatórios começa às 14h, mas tudo indica que a votação ficará para amanhã, dada a dificuldade de um consenso mínimo entre governo e oposição. ACM Neto alerta para manobras de alguns partidos, como o PMDB e o PTB, para substituir parlamentares da CPI para garantir votos para o governo.

- Vai ser um absurdo se o PTB ou o PMDB interferirem para afastar os membros da CPI. A sociedade não vai entender isso - afirmou o pefelista.

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