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A candidatura à reeleição do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), contraria interesses do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PMDB na Câmara. É vista no Palácio do Planalto como ação contra o governo. O PMDB do Senado se reunirá na próxima quarta-feira para decidir quem enfrentará o petista Tião Viana (AC).

O PT já decidiu que irá questionar a legalidade da candidatura de Garibaldi. "Não vamos admitir uma nova afronta [à legislação], como a que ele fez, naquele arroubo de devolver a medida provisória das filantrópicas ao governo", afirmou a líder do partido, senadora Ideli Salvatti (SC).

Garibaldi confirmou ontem que decidiu pedir um parecer pela constitucionalidade de sua candidatura após perceber a viabilidade de seu nome. "O PMDB não tinha candidato natural, já que o presidente Sarney dizia que não disputaria o cargo. Foi então que surgiu o meu", disse Garibaldi, que pediu ao ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Francisco Rezek parecer para sustentar sua candidatura.

O argumento principal é que o atual mandato de presidente é do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que renunciou em 2007 – e que ele, Garibaldi, cumpre mandato tampão.

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