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A liderança do PT na Câmara dos Deputados anunciou nesta quinta-feira (14) que vai apresentar requerimento na CPI da Petrobras para convocar a depoimento dois líderes da oposição, os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Agripino Maia (DEM-RN).

O documento contém os nomes de cinco membros do PT na CPI, mas a cópia distribuída pelo PT à imprensa contém subscrições de três: Valmir Prascidelli (PT-SP), Afonso Florence (PT-BA) e Jorge Solla (PT-BA).

A CPI está reunida nesta quinta para avaliar requerimentos e tomar o depoimento do executivo Renato Sanches, da empresa Sete Brasil, mas até as 15h40 não havia recebido nem discutido o requerimento anunciado pelo PT no site da liderança do partido na internet.

Segundo texto distribuído pela assessoria do partido, Aécio poderia explicar o relato feito pelo delator Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, que contou à força tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba (PR), que R$ 10 milhões foram pagos por volta de 2010 ao então presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), morto em 2014, para que fossem barradas investigações da CPI da Petrobras daquele ano.

“A oitiva do senador Aécio Neves é fundamental para que esta CPI possa elucidar os atos de corrupção que foram efetivamente praticados, os agentes corruptores, os beneficiários e o modus operandi utilizado, ao mesmo tempo em que possibilitará ao referido depoente defender a agremiação que preside de tais alegações”, diz a representação assinada pelos petistas membros da comissão.

Sobre o senador Agripino Maia, a liderança do PT faz referência a afirmações feitas por um empresário do Rio Grande do Norte, George Olímpio, que, segundo o PT, disse em investigação do Ministério Público ter repassado ao senador R$ 1 milhão “para permitir um esquema de corrupção no serviço de inspeção veicular, investigado pela Operação Sinal Fechado, do Ministério Público do Rio Grande do Norte”.

Na cópia do requerimento distribuído pelo PT à imprensa, porém, não há nenhuma explicação sobre o pedido de convocação de Agripino Maia na CPI. Maia nega as acusações desde que vieram a público a partir de 2012, citando que a PGR (Procuradoria Geral da República) havia arquivado um inquérito aberto sobre o assunto.

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