O ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, que o PT não tem papel secundário na coalização da base do governo Dilma Rousseff. O ministro afirmou que o partido é protagonista, e que esse aspecto ficou claro nos protestos contra o governo, pois quem foi às ruas “acredita que o partido é o condutor da coalizão’’. No entanto, para Wagner, o papel principal do PT precisa ser compartilhado com os partidos da base aliada, tanto em momentos de críticas quanto em fases melhores.

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“Trazer o vice-presidente Michel Temer para o centro da articulação política é uma medida pacificadora, que mostra a decisão de compartilhar. É evidente que temos que dividir esse protagonismo não só com o PMDB, mas com vários partidos que estão conosco. Você tem que trabalhar em uma coalizão, e ninguém entra em uma coalizão se não puder dividir ônus e bônus”, disse após visitar a feira internacional de Segurança LAAD Defence & Security, no Rio de Janeiro.

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O ministro falou sobre o pacote do ajuste fiscal, que restringe a concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários. Devido a resistência do Congresso Nacional em aceitar as mudanças, o executivo busca propostas alternativas para que haja aprovação do ajuste, sem que as proposições do governo sejam descaracterizadas, como afirmou o ministro. “Não há nada que entre e saia do Congresso Nacional exatamente como entrou. Você tem uma concepção e vai lá debater o tema. É óbvio que as pessoas irão dizer “é melhor mais pra cá” ou “é melhor mais pra lá”. Então dizer que nada muda é irreal, mas dizer que tudo muda é impossível porque ou fazemos o ajuste para crescer ou não retornaremos a rota do crescimento”, avaliou.

“Eu diria que isso está quase se transformando em uma compreensão nacional, não numa unanimidade, porque aí talvez esteja o debate a ser feito, pois cada um acha que o tamanho do ajuste pode ser um pouco mais para um lado do que para o outro. Quem mais conhece a necessidade é a presidente da República e a equipe econômica, que controla todos os dados”, acrescentou.