O lançamento da pré-candidatura do ministro da Justiça, Tarso Genro (PT), a governador no Rio Grande do Sul evidenciou a divisão da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Estado e estimulou outros governistas a levarem adiante seus planos de oferecer mais de um palanque regional à ministra Dilma Rousseff. É o caso do ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), na Bahia, e do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Faria (PT), no Rio de Janeiro. Por outro lado, o comando nacional do PT se prepara para reforçar a estratégia de um palanque único em cada Estado e conta com a interferência direta de Lula para resolver os impasses.
"O ideal é o palanque unificado, mas sabemos que há Estados onde é impossível um acordo. Do ponto de vista político, (a disputa entre candidatos pró-Dilma nos Estados) tem o lado positivo de alcançar eleitores de perfis diferentes, com visões antagônicas. Mas o conflito entre aliados, até na disputa pela agenda do candidato à Presidência, não é bom", diz o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP). No Rio Grande do Sul, terra de Dilma, o PMDB não aceita aliança com o PT.
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), também trabalha por um candidato forte da oposição em cada Estado, com palanque único para o nome tucano que disputará a Presidência, o governador de São Paulo, José Serra, ou o de Minas, Aécio Neves. "Onde há disputa entre aliados, eles acabam se preocupando mais com as próprias candidaturas do que com o projeto nacional", diz Guerra. O PSDB tem o trauma das eleições de 2006, quando o então candidato tucano, Geraldo Alckmin, acabou sem palanque forte na Bahia, no Ceará e no Rio de Janeiro por causa de disputas internas do PSDB ou com os aliados DEM e PPS.
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