Aliados ganham mais atenção
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, já começou a articular sua candidatura presidencial com os partidos de esquerda que formam o bloquinho (PC do B, PSB e PDT). Nas conversas, Dilma tem afirmado que, apesar de valorizar a aliança com o PMDB, pretende reagrupar os parceiros históricos do PT.
Na certeza de que não terá o PMDB por inteiro, embora lute pela parceria oficial que vai lhe garantir cerca de cinco minutos a mais na programação eleitoral gratuita, o PT investe na estratégia de fincar estacas nos estados onde a aliança com a legenda é mais fácil. A antecipação da negociação é para garantir desde já palanques regionais fortes para a ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata, Dilma Rousseff.
Para construir uma candidatura que terá de enfrentar um adversário de peso e temido pelos petistas o governador de São Paulo, o tucano José Serra , o PT poderá abrir mão de disputar governos estaduais e cadeiras no Senado em favor dos acordos com os aliados.
Em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, grandes colégios eleitorais, o apoio fundamental do PMDB a Dilma pode custar o sacrifício de petistas hoje considerados competitivos. Esses dois estados são apontados pelos articuladores do PT como "potencialmente favoráveis" a uma aliança, desde que a costura política seja bem feita.
Em Minas, o PT tem dois pré-candidatos fortes ao governo o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel e o desafio é usar uma vaga no Senado para tentar compor a dupla com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, que lançou seu nome como pré-candidato a governador.
Problema semelhante é identificado no Rio. Articuladores da candidatura de Dilma consideram que o PT não tem força para ganhar a eleição para governo estadual, mas tem potencial para atrapalhar a costura política com o PMDB. O apoio do PT à reeleição do governador Sérgio Cabral enfrenta a disposição do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), de concorrer ao cargo.
Missão dupla
Em São Paulo, maior problema para o PT, o partido precisa montar um bom palanque para a candidata a presidente e, ao mesmo tempo, construir uma candidatura forte ao governo. Se o partido não fizer uma composição com o bloquinho formado, que já está em negociação, corre o risco de ficar isolado. O PT avalia que Serra já compôs com o PMDB, com o PR e com o PTB.
Para neutralizar o PMDB do ex-governador Orestes Quércia, que está fechado com Serra, os petistas cogitam oferecer ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), a vaga de vice na chapa presidencial. Onde não há possibilidade de entendimento com o PMDB, o PT procura se entender com aliados mais tradicionais.
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