Por 43 votos a 30, o Diretório Nacional do PT decidiu nesta sexta-feira (11) apoiar a candidatura à reeleição da governadora Roseana Sarney no Maranhão. A decisão ocorre momentos depois de a cúpula partidária ter revogado, por 40 votos a 30, a decisão adotada no encontro do diretório petista do Maranhão, que decidiu apoiar a candidatura do deputado Flávio Dino (PCdoB) ao governo maranhense, contra Roseana. Houve apenas duas abstenções de militantes de Minas Gerais.

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A decisão da cúpula petista enquadra movimento de lideranças estaduais do partido que trabalhavam pela aliança com o PCdoB. Mais cedo, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, deu o tom da reunião ao analisar o impasse no Maranhão. "Roseana abre o palanque integralmente e assume integralmente a candidatura da Dilma. É um palanque de 2 a 2,5 milhões de votos", analisou Padilha.

No dia 27 de março, o PT maranhense realizou um encontro estadual que decidiu pelo apoio ao candidato do PCdoB. A decisão foi de encontro com a orientação nacional, que previa a aliança com PMDB em torno de Roseana e da candidatura de Dilma ao Palácio do Planalto.

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Para Padilha, a intervenção no diretório estadual do Maranhão foi necessária porque o estado é importante: "Tem 4,5 milhões de votos." Padilha lembrou que o apoio a Roseana tem relação com o seu passado de apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Ela foi líder do governo no Congresso."

Repercussão

Tão logo terminou a reunião do Diretório Nacional do PT, em Brasília, o deputado Domingos Dutra postou no Twitter comentário revoltado contra a decisão: "Acabaram de consumar o estupro contra a ética, a decência, para favorecer o crime organizado."

Também pelo microblog, o próprio candidato do PCdoB, Flávio Dino, comentou a decisão dos petistas: "O PT resolveu apoiar o grupo Sarney, retirando o apoio à aliança PCdoB/PSB. Nada a dizer. Que fale o povo do Brasil e do Maranhão."