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“Não sou eu que tenho de conversar com o PMDB, mas o PMDB tem de ser procurado pelo PT para sabermos qual é o pensamento do partido em relação a essa aliança (PDT-PT-PMDB).” Osmar Dias, senador e pré-candidato do PDT ao governo do estado | Wenderson Araújo
“Não sou eu que tenho de conversar com o PMDB, mas o PMDB tem de ser procurado pelo PT para sabermos qual é o pensamento do partido em relação a essa aliança (PDT-PT-PMDB).” Osmar Dias, senador e pré-candidato do PDT ao governo do estado| Foto: Wenderson Araújo

Apoio a Dilma

"Vamos entrar de corpo e alma", diz Lupi

Das agências

Rio de Janeiro - Enquanto o senador Osmar Dias (PDT-PR) criticava a postura do PT paranaense, o ministro do Trabalho e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, confirmava que seu partido já está fechado com a futura candidatura da ministra Dilma Rousseff (PT), o que deverá ser oficializado no dia 12 de junho, data da convenção pedetista. Lupi ainda afirmou que a adesão do partido à campanha da petista será total.

"Vamos entrar de corpo e alma. Não tem mais ou menos comigo. Ou me envolvo de corpo e alma, ou não entro. Já temos esse compromisso. A Dilma é uma pessoa que conheço há 30 anos; ela fundou o PDT comigo. Brinco com o Lula que ela é mais PDT do que PT", disse Lupi.

Lupi, que não pretende se candidatar a nenhum cargo eletivo, comentou ainda o atual quadro sucessório. Elogiou o pré-candidato Ciro Gomes (PSB-CE), de quem disse ser amigo pessoal. Mas deu a entender que preferiria ver Ciro fora da disputa à Presidência, pois afirmou que acha que essa eleição tem de ser plebiscitária – ou seja, um embate entre os projetos do PT e do PSDB.

O senador Osmar Dias (PDT) disse ontem que o PT do Paraná tem a tarefa de procurar o PMDB do governador Roberto Requião porque uma aliança para disputar o governo do estado não pode ser apenas entre os dois partidos. Embora lideranças petistas garantam que a coligação PT-PDT esteja praticamente fechada, o senador não deve ter nenhuma conversa reservada com a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), durante a passagem da petista hoje por Curitiba e região metropolitana (leia mais sobre isso na página anterior).

Segundo Osmar, a última conversa com a ministra foi no dia 28 de janeiro, em Brasília, quando o PDT nacional oficializou o apoio à pré-candidatura de Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto.

De lá para cá, diz o senador, nada mudou. "Não houve por parte do PT nenhuma ini ciativa de conversar com outros partidos. Uma aliança tem de ser ampla, não pode ser entre dois partidos", declarou.

Ele defende que o principal partido aliado do PT precisa ser chamado para discutir o quadro de alianças. "Não sou eu que tenho de conversar com o PMDB, mas o PMDB tem de ser procurado pelo PT para sabermos qual é o pensamento do partido em relação a essa aliança, senão vamos continuar escutando que existe um acordo entre o PSDB e o PMDB no Pa­­raná", afirmou Osmar, se referindo às especulações de que os dois partidos já teriam fechado um pacto para a sucessão estadual, numa chapa encabeçada pelos tucanos.

O senador negou que esteja aguardando a definição do nome do candidato do PSDB, o que deve ocorrer segunda-feira, na reunião da Executiva Estadual, para decidir se fecha ou não a aliança com os petistas. Para Osmar Dias, o encontro tucano deve ter pouca influência no quadro eleitoral. "É só uma reunião a mais para confirmar o que todo mundo já sabe", disse, sem comentar a provável indicação do prefeito Beto Richa, o que colocaria fim às chances do irmão, o senador Alvaro Dias (PSDB), de ser o candidato.

Discordância

A presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, disse discordar que o partido tenha a responsabilidade exclusiva de tentar atrair o PMDB para a aliança. "Temos interesse em procurar o PMDB, mas o PDT também tem de fazer essa busca, afinal, isso cabe a quem quer encabeçar uma coligação."

A aproximação do PMDB, segundo Gleisi, esbarra em dois entraves. Um deles é a decisão do governador de sair candidato a presidente da República e a resistência em apoiar a ministra Dilma Rousseff. Outro é a tentativa do PMDB de querer fechar uma aliança com o PSDB.

Segundo Gleisi, troca de insultos entre o governador e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que vem se intensificando nos últimos dias por meio do Twitter, não estaria pesando no afastamento entre as duas legendas aliadas nem seria decisivo para impedir a manutenção da aliança PMDB-PT.

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