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A despeito do poder que lhe foi conferido para interferir na montagem dos palanques estaduais, o Diretório Nacional do PT teme um enfrentamento interno mais acirrado ao barrar a candidatura do ex-prefeito Fernando Pimentel ao governo de Minas Gerais e ceder a vaga ao escolhido pelo PMDB, o ex-ministro Hélio Costa.

Setores do PT avaliam que a obsessão do presidente Lula em eleger Dilma Rousseff à Presidência piora, progressivamente, o prognóstico da representação da sigla nos Estados. Hoje, o PT aposta na reeleição de Jaques Wagner na Bahia e Marcelo Déda em Sergipe como suas melhores chances. No campo adversário, o PSDB vê perspectiva de eleger oito governadores. Já no mapa do PMDB, o partido almeja controlar de oito a dez Estados.

Ainda que esteja disposto a acatar a decisão de Lula e Dilma sobre Minas, Pimentel, que coordena a pré-campanha da petista à Presidência, tenta conciliar os interesses regionais: "Negociação não é rendição", afirmou.

O PT mineiro espera convencer Lula da necessidade de lançar Pimentel. Porém, a forte ascendência do presidente sobre os petistas torna remota a mudança de cenário. O provável é que Pimentel dispute o Senado e o PT indique o vice ao PMDB.

O diretório estadual do PT fará encontro nos dias 21, 22 e 23 de maio no qual pretende homologar a candidatura de Pimentel. Caberá, neste caso, a intervenção do diretório nacional para barrar a candidatura.

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