São Paulo (AG) Escaldado pelo maior escândalo em 25 anos de existência, o PT adotará medidas para proteger o partido em relação a possíveis irregularidades envolvendo financiamento de campanhas nas eleições de 2006. Segundo o presidente eleito do PT, Ricardo Berzoini, a campanha eleitoral do ano que vem terá uma tesouraria desvinculada do partido. Em 2002, o então secretário de Finanças do PT, Delúbio Soares, acumulou a tesouraria da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo é evitar contaminação da finanças do partido, como aconteceu em 2004, já que, segundo o presidente eleito do PT, é impossível fiscalizar todos os candidatos para evitar o caixa 2. "É um princípio básico para evitar a contaminação entre a vida institucional do partido, que continua depois das eleições, e uma campanha política, que tem prazo determinado. Boa parte da dívida do PT é relacionada à campanha de 2004. Portanto, não é razoável que tenhamos esses vasos contaminadores", disse Berzoini.
A desvinculação das tesourarias era prática comum no PT até o início da década de 90. Integrante do diretório nacional do partido, Francisco Rocha, o Rochinha, que já coordenou campanhas do PT em eleições passadas, também é favorável à proposta. Segundo Berzoini, um grupo de trabalho também foi criado para normatizar as atividades financeiras do PT.
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