O presidente do PTB, Benito Gama, declarou que o partido não está reivindicado nenhum ministério nesta reforma do primeiro escalão do governo. As trocas ministeriais estão em curso, sendo desenhadas pela presidente Dilma Rousseff, e terão de ser concluídas até o início de abril. Benito Gama, que ocupa a vice-presidência de Governo do Banco do Brasil, disse que esta era uma discussão que estava sendo realizada no ano passado, mas não está mais em pauta este ano.

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Gama declarou que há duas semanas informou ao ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que o PTB não reivindicará nenhum ministério. "Avisei a ele que o PTB estava deixando a presidente completamente à vontade em relação a ministérios, sem vincular isso a qualquer apoio ao governo". Ele insistiu que "o fato de o partido não estar mais falando em ministério não interfere no apoio que o partido continuará dando ao governo pois temos um compromisso em relação a isso".

Mais cedo, o senador Gim Argello (PTB-DF) se reuniu com o ministro da Casa Civil, no Planalto, mas evitou falar sobre o teor da conversa com Aloizio Mercadante. Nesta terça-feira, Mercadante deu prosseguimento a uma rodada de conversas com os partidos, a pedido da presidente Dilma Rousseff.

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A presidente está muito preocupada com a atuação do "blocão" no Congresso, que acabou de obter a sua primeira grande vitória, com a aprovação pela oposição do requerimento para acompanhamento de investigação externa da Petrobras. Dilma pediu a Mercadante que tente esvaziar o grupo, atraindo novamente seus integrantes para o palanque governista.

Dilma quer saber, na prática, até que ponto a rebelião comandada pelo líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), tem o apoio dos demais partidos da coalizão. A avaliação até este momento é que apenas o PP e o PROS anunciaram apoios incondicionais ao governo. O PTB também está dizendo que apoia o Planalto. Mas PDT e PR falaram das insatisfações das legendas.