O PTB busca um nome de consenso para o diretório estadual do partido para entrar unido nas eleições do próximo ano. O atual presidente, Alex Canziani, poderia ser a alternativa para evitar a divisão em dois grupos.

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A convenção estadual do partido está marcada para outubro, quando será eleita a nova diretoria. O deputado federal Alex Canziani assumiu a presidência em fevereiro, depois que Íris Simões virou vice-líder do partido na Câmara Federal. Canziani diz que a intenção do partido é não ter bate-chapa. "Quando virei presidente já entrei para ser o nome de consenso. Se as lideranças do partido concordarem, aceito continuar na presidência", diz o deputado.

Uma possível divisão do diretório regional entre o grupo liderado pelo deputado Íris Simões e outro, que teria como candidato a presidente o vereador de Foz do Iguaçu Carlos Budel, foi desmentida pelo vereador. "Não vou disputar com o Iris Simões. Não sou candidato ao diretório", disse Budel. Íris também diz, através de sua assessoria, que não é candidato à presidência do diretório estadual.

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O partido ainda não definiu a estratégia para as eleições 2006. Integrante da base de apoio do governo Lula, a princípio, vai defender a reeleição do presidente da República. Mas no estado, a situação está indefinida. "Depende tudo do desenrolar do processo que vive o país", diz Canziani, citando as investigações de denúncias de fraude em licitações em órgãos públicos federais e de repasse de dinheiro para deputados votarem com o governo.

Dificilmente o partido sai com nome próprio para a sucessão no Palácio Iguaçu. Mas as conversas, tanto com a ala governista que apóiam a reeleição de Roberto Requião (PMDB), tanto com os oposicionistas, que defendem Osmar Dias (PDT), ou ainda com o PPS de Rubens Bueno, estão abertas. "Estamos conversando com todos. Somos próximos do governo do estado. Fomos convidados para participar do secretariado, com a presença de Flávio Martinez, mas achamos que não era o momento", diz Canziani. Mesmo com essa proximidade, o deputado federal diz que somente no próximo ano o partido deve definir que rumo tomar no estado.