O PTC entregou ao Conselho de Ética da Câmara nesta quarta-feira (27) uma representação contra o deputado Mário de Oliveira (PSC-MG), apontado em investigações da Polícia Civil como suspeito de ser o mandante de um plano para matar o colega Carlos Willian (PTC-MG). Mário de Oliveira nega as acusações. Segundo informações da Agência Câmara, o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), nomeou a deputada Solange Amaral (DEM-RJ) como relatora do caso.

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Nesta quinta (28), Mário de Oliveira deverá ser notificado sobre a representação e terá um prazo de cinco dias para apresentar sua defesa. Carlos Willian será chamado para depor como testemunha. Investigação

O plano de assassinato supostamente arquitetado pelo deputado do PSC foi descoberto por acaso, quando por policiais de Osasco investigavam um homicídio. Odair da Silva, "obreiro" da Quadrangular, foi preso no último dia 19 e em depoimento no 7º Distrito Policial confessou que contratou por R$ 150 mil um pistoleiro conhecido como Alemão para executar Willian.

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O relatório policial apontou Celso Braz do Nascimento como responsável pela intermediação da contratação. Celso foi identificado no relatório policial como "assessor político" de Oliveira.

Com Odair, foram encontradas a carteira de habilitação de Marcos Régis Moraes, que seria motorista de Oliveira, uma foto de Willian e anotações referentes à sua rotina. Um cartão de memória contendo gravações telefônicas entre Odair e Alemão foi apreendido.

Outro lado

O deputado Mário de Oliveira divulgou nota em que se defende das acusações. Ele afirma que nunca se envolveu em nenhuma irregularidade. Leia abaixo a íntegra da nota.

"Venho a público para defender minha honra. Nunca pensei que seria obrigado a defender-me nestas condições. Estou no meu sexto mandato. São 20 anos de vida pública, iniciados a convite do saudoso Dr. Tancredo Neves.

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Sou um homem honrado, e por isso repudio, veementemente e com indignação, as reportagens envolvendo meu nome. Em minha vida pública nunca me envolvi em nenhuma irregularidade e sempre pautei minha vida pelo bem. Sou pastor evangélico há 40 anos e sinto-me responsável por um rebanho de mais de 2.500.000 fiéis, pelos quais prezo respeito.

Estou sendo atacado, injustamente, por todos os lados e não sei por quem e nem porque. Repudio ainda pessoas e fatos que foram apresentados pela imprensa. A única certeza que tenho é de não ter praticado nada contra ninguém."