Brasília (AE) A situação do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato piorou depois do depoimento dado ontem à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios pelo diretor da agência publicitária Lowe, Paulo Roberto Correia dos Santos. Segundo Santos, a conta de publicidade do cartão Ourocard, do BB, que é administrado pela Visanet, passou para a agência de publicidade DNA Propaganda, do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, em abril de 2003, por determinação de Pizzolato.
"Quem decidia qual produto a agência ia trabalhar era o Banco do Brasil e, no caso da passagem da conta da Lowe para a DNA, foi Pizzolato", afirmou. Segundo ele, o faturamento da Lowe diminuiu em 2003 por conta da perda da conta da Visanet. A Lowe foi uma das três agências que trabalhou para o BB entre 2000 e setembro de 2003. "O cartão era um excelente produto. Mas, depois de abril de 2003, não fizemos mais nada. Para a Lowe, a perda foi significativa", contou.
No depoimento, Santos informou que, entre setembro de 2001 e o fim de 2000, a Visanet adiantou à Lowe R$ 30 milhões, por conta da publicidade do Ourocard. "Mas os adiantamentos que a Lowe recebia eram em cima de projetos definidos e tinham um prazo para serem executados", ressalvou.
Tão logo assumiu a conta do Ourocard, a DNA passou a receber os adiantamentos. "As antecipações permitiam que as agências se apropriassem das aplicações financeiras, o que aconteceu com a DNA a partir de abril de 2003, por causa da decisão de Pizzolato.
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