Brasília (Folhapress) O publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza negou à CPI do Mensalão que tenha promovido festas em Brasília para deputados ou para integrantes do PT. Valério desmentiu a informação de que a empresa MutiAction, do seu ex-sócio Ricardo Machado, organizou a seu pedido duas festas no Hotel Gran Bittar para as quais foram contratadas garotas de programa.
Na sessão, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) perguntou se Valério conhecia a "nossa Geane", em uma referência a Geane Mary Córner, que segundo Machado intermediou a contratação de garotas de programa para as duas festas ocorridas no Gran Bittar. Valério disse que não conhece Geane.
À CPI, Valério disse que Machado, que prestou depoimento ontem na Polícia Federal mentiu porque saiu com mágoa" da empresa. "Já fiquei no Gran Bittar. Não nego as reservas em meu nome, mas não assumo qualquer outra feita. Nunca houve uma festa feita em meu nome", disse o publicitário.
Segundo relato de Machado à PF, Valério o enviava a Brasília para reservar as suítes do Hotel Gran Bittar e escolher as mulheres que participariam das festas, mas nunca revelou quem participaria. A primeira festa, segundo Machado, foi realizada em setembro de 2003 e custou R$ 14 mil com hospedagem e mais aproximadamente R$ 8 mil com consumo, o que inclui o pagamento das garotas de programa.
A outra festa, realizada em novembro do mesmo ano, teria custado R$ 15 mil de hospedagem e aproximadamente R$ 10 mil de consumo.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”