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O Partido Verde entrou com uma ação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em Curitiba, na quinta-feira (17), contra o vereador Professor Galdino. O processo pede a perda do mandato do vereador baseado na resolução 22.526 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a fidelidade partidária. Galdino foi expulso do PV em 17 de março, acusado de caixa dois e assédio sexual contra uma funcionária.

Todo o processo de julgamento pela corte do TRE pode demorar até dois meses. O partido havia pedido ao presidente da Câmara de Vereadores de Curitiba, João Claudio Derosso (PSDB), o afastamento imediato de Galdino e a nomeação do suplente do partido, o ex-vereador Paulo Salamuni. Derosso, porém, negou o pedido e disse que aguardaria a decisão do TRE sobre o caso.

O partido sustenta o Professor Galdino só foi eleito graças aos votos recebidos pela legenda. O processo para expulsão começou quando o vereador exonerou dois funcionários indicados pelo PV para seu gabinete. Segundo Galdino, o líder do PV Jovem Raphael Rolim e a telefonista Rosana Souza ao invés de trabalhar para Câmara, prestavam serviços ao partido.

A informação foi confirmada pelo presidente estadual do PV, Mello Viana. Como a decisão do vereador teria contrariado o estatuto do PV, que determina que um quinto das vagas de um gabinete do político do partido deva ser para indicações da legenda.

Assédio

O PV afirma que o motivo da expulsão de Galdino é uma denúncia de assédio sexual. A ex-funcionária da Câmara Kátia Rosana Curtis de Mello acusou o vereador de pedir que ela fizesse sexo oral nele. Kátia contou, em entrevista coletiva na quinta-feira, que foi assediada por Galdino em dezembro.

Ela, porém, só registrou o boletim de ocorrência contra o vereador poucas horas antes da entrevista. A ex-funcionária disse que resolveu fazer a denúncia agora por ter ficado sabendo sobre de outros casos de assédio que envolveriam o parlamentar.

Segundo a ex-funcionária, o vereador fazia brincadeiras e gestos com conotações sexuais para ela. Kátia então teria pedido para sair do emprego, mas ele não teria aceitado o afastamento. "Ele me ofereceu um salário de R$ 5 mil para ficar, mas eu não quis", afirmou.

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