Na estreia do ministro Joaquim Barbosa na presidência, o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu nesta terça-feira (21) penas que, somadas, chegam a 14 anos, 10 meses e 20 dias para os ex-sócios da corretora Bônus Banval que participaram de um esquema de lavagem de dinheiro no mensalão. Ainda foi fixada uma multas que totalizam R$ 1,1 milhão para Enivaldo Quadrado e Breno Fischberg.
Por formação de quadrilha, Quadrado recebeu 2 anos e 3 meses. A punição por lavagem de dinheiro para ele foi de 6 anos, 9 meses e 20 dias. Como as penas somam 9 anos e 20 dias, pela lei, ele terá que cumprir parte da pena em regime fechado. Ele recebeu multa de R$ 676 mil.Para Fischberg, foi determinada uma pena de 5 anos e 10 meses de prisão por lavagem de dinheiro do esquema do mensalão, além de multa de R$ 572 mil. Fischberg terá que cumprir pena inicialmente em regime semiaberto.
A corretora teve seu registro cancelado em 2009 e teria recebido, segundo a acusação da Procuradoria Geral da República, R$ 11 milhões do valerioduto para repassar o dinheiro a pessoas ligadas ao PP.
Relator do processo, Barbosa disse que Quadrado "incitou" seus empregados a praticarem o crime de lavagem e que a corretora se transformou em uma "máquina" de lavar dinheiro.
Nervosismo
Barbosa que toma posse nesta quinta(22) como presidente do Supremo passou a acumular interinamente a função nas sessões com a relatoria do caso. O ministro demonstrou um leve nervosismo chamando ministro que não deveriam participar da votação de alguns réus além de ter trocado o nome dos condenados.Protagonistas de diversos embates ao longo do julgamento, Barbosa e o revisor Ricardo Lewandowski demonstraram certa cordialidade. Lewandowski assume amanhã a vice-presidência do tribunal.