Há casos em que praticamente a família inteira é convocada para trabalhar nas eleições. Os irmãos Elyzandro, Éverton, Paulo e Karyna são quadrigêmeos e, pela primeira vez, vão trabalhar juntos em 1.º de outubro e no mesmo local, exceto Éverton. Eles têm 20 anos e pouca experiência com o voto e com o processo eleitoral. "Votamos na última eleição para prefeito e no plebiscito do desarmamento. Com certeza é importante participar", diz Elyzandro Renan Salles.
Para Éverton, o trabalho de mesário pode ajudar a orientar os eleitores. "É claro que não podemos influenciar na escolha do voto, mas podemos informar e fazer nossa parte. Foi uma surpresa saber que todos os irmãos foram convocados."
A experiência de vida de algumas pessoas se confunde com a história das eleições do Brasil. É o caso de José Carlos Melo Rocha (foto) , de 75 anos de idade e 60 de mesário. "Minha vida eleitoral se divide em três fases: a da urna de madeira, a da urna de lona e a da urna eletrônica."
O trabalho dele foi tão importante, que chegou a receber a Comenda do Mérito Eleitoral das Araucárias. "O voto é uma das coisas mais sadias da democracia." José Carlos se tornou conhecido em todo país, quando foi garoto propaganda do Tribunal Superior Eleitoral em duas campanhas publicitárias.
Outros voluntários adotaram o Brasil e sua forma de governo. O libanês Fouad Youssif El Oumairi, de 65 anos, é cidadão brasileiro há 20 anos, já serviu o Exército brasileiro e considera as eleições o evento mais importante da democracia. Sua participação no processo eleitoral é uma forma de agradecimento à hospitalidade brasileira e começa bem antes do dia da votação. Fouad faz questão de propagar o voto consciente. "O Brasil é um país maravilhoso e as pessoas devem participar de suas mudanças." (LC)
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