À CVM, Brookfield diz que foi vítima de extorsão
A Brookfield divulgou nesta sexta-feira (8) comunicado, em resposta a pedido de esclarecimentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em que reitera que atende às solicitações do Ministério Público do Estado de São Paulo, a fim de colaborar com a investigação sobre irregularidades praticadas por fiscais de arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS) na capital.
A empresa informou que um funcionário e um ex-diretor compareceram ao Ministério Público para prestar depoimento, na qualidade de testemunhas protegidas. "Por se tratar de uma investigação conduzida sob sigilo, a companhia comprometeu-se perante o Ministério Público a manter a confidencialidade das informações prestadas."
A Brookfield esclareceu que dispõe de evidências que comprovam recolhimentos de ISS compatíveis com os critérios previstos na legislação aplicável, tendo sido vítima de extorsão. "Os fatos que estão sendo apurados pelo Ministério Público não acarretarão efeitos relevantes sobre os seus negócios ou sobre a sua situação financeira ou patrimonial", comunicou a Brookfield, em comunicado.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira (8) que a quadrilha que fraudou o Imposto Sobre Serviços (ISS) também é investigada por irregularidades no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Perguntado sobre gravações nas quais aparece o nome do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), Haddad disse que é preciso ver a questão com cautela. "Há outros tipos de irregularidade sendo investigadas. Estamos investigando possíveis fraudes no IPTU. Há denúncias de mudança cadastral do IPTU para que a pessoa pague menos. Há denúncias sobre dívida ativa para beneficiar devedores. Enfim, é sistêmico. Estamos abrindo várias frentes de investigação. Infelizmente, muito trabalho para pouca gente, mas tem de ser feito", disse.
Sobre o ex-prefeito de São Paulo, ele afirmou que não pode comentar a relação dele com a investigação e que o inquérito está em boas-mãos. Um total de 652 imóveis está sob suspeita de fraude. "Essa lista foi elaborada pela Secretaria de Finanças para verificar quais empreendimentos foram fiscalizados pelos acusados", afirmou. "Já soltamos uma portaria com o cronograma de reapresentação dos documentos pelas empresas."
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