O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) realizam nesta segunda-feira (22), nos municípios mineiros de Uberaba (MG) e Passos (MG), a Operação Ouro Branco. Em Minas Gerais a polícia prendeu dois fiscais do serviço de inspeção federal e diretores de duas cooperativas de produtores de leite.
O objetivo é combater crimes contra a saúde pública. A Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande (Coopervale) e a Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil) são suspeitas de adulterar leite.
Ao todo, 200 policiais cumprem 25 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Uberaba e Passos. Também participam da operação servidores do Ministério da Agricultura e representantes do Ministério Público Estadual.
Em Passos, os agentes revistaram os escritórios e o laticínio da Casmil e também a casa do presidente da cooperativa, que está preso. Também foram detidos diretores da Casmil e um funcionário do Serviço de Inspeção Federal.
Adulteração
As cooperativas são acusadas de adicionar substâncias não permitidas ao leite longa vida, ou com dosagem maior que a permitida pela lei, fazendo com que fique impróprio para o consumo humano, de acordo com laudo emitido por laboratório vinculado ao Ministério da Agricultura.
Entre os produtos químicos manipulados pela Casmil e pela Coopervale, encontram-se grandes partidas de soda cáustica (hidróxido de sódio) e de peróxido de hidrogênio (comercialmente conhecido com água oxigenada).
Segundo a polícia, as substâncias seriam adicionadas para aumentar a quantidade de leite e o tempo de validade. A PF informou que estão sendo cumpridos os mandados de prisão contra empregados e dirigentes das cooperativas, além de um funcionário do Ministério da Agricultura, responsável pela fiscalização do leite.
Durante a operação, serão recolhidas amostras de leite longa vida em todo o país, já que, segundo as apurações, a fraude atinge dimensão nacional, envolvendo empresas de diversos estados da federação. O leite adulterado era revendido pelas cooperativas para empresas como Calu e Parmalat, entre outras, que comercializavam o leite em embalagens próprias em todo o país.
Ninguém da Casmil nem da Coopervale se pronunciou sobre as acusações.
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