Representantes da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados estão no Triângulo Mineiro para investigar um esquema de exploração sexual de crianças e adolescentes.
Parlamentares e policiais apuram a existência de uma rota de tráfico de meninas aliciadas no Sul para prostituição no Sudeste. Nesta quinta-feira (24), a comissão participa de uma audiência pública em Uberaba.
Agentes da Polícia Federal e cinco parlamentares investigam cada passo da quadrilha acusada de aliciar menores. Uma adolescente de 17 anos foi a primeira a depor e disse que recebeu uma proposta de um vereador para um programa sexual. "(Ele) falou que pagava R$ 50 para mim", afirmou.
O Juizado de Menores reforçou a fiscalização nos terminais de ônibus no Triângulo Mineiro para buscar meninas aliciadas no Sul do país.
Casal preso
As investigações começaram em março, depois da prisão de um casal do Rio Grande do Sul. Eles estavam com uma garota de 12 anos, que é de Gravataí e sumiu quando brincava perto de casa. Levada para o município de Delta, na divisa de Minas e São Paulo, a criança passou duas semanas trancada em um quarto sem janelas. Ela confirmou que outras menores vieram com o casal do Sul do país para se prostituir na Região Sudeste.
O casal não está mais preso porque colabora com as investigações.
A comissão quer saber, agora, quantas pessoas fazem parte da quadrilha e se há mais grupos envolvidos.
Festas
Em Uberlândia, a polícia já descobriu que adolescentes eram vendidas em festas particulares. Em um folheto, os organizadores de um evento divulgaram o sorteio de uma garota durante um show de strip-tease. Avisada, a polícia chegou a tempo de impedir a venda da menina.
A festa foi cancelada. Cinco convidados foram levados para a delegacia, prestaram depoimento e foram liberados.
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