Parte das 139 obras de arte de apreendidas na Operação Lava Jato, um quadro supostamente assinado pelo pintor espanhol Joan Miró -e que pertencia ao ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque- não é uma pintura, mas uma gravura, segundo o programa de TV “Fantástico”.
A informação foi divulgada pelo telejornal na noite deste domingo (22). A reportagem mostrou a identificação em inglês no verso da principal obra da apreensão, que afirma que o quadro em questão não é uma tela pintada pelo próprio artista, mas uma impressão em papel. Isso significa que não se trata de uma produção exclusiva de Miró, mas um trabalho comercializado em série.
Caso seja mesmo de autoria do pintor, a gravura pode ser avaliada em valor muito menor do que uma tela de Miró, que pode ultrapassar R$ 15 milhões. A reportagem menciona uma transação recente, em que uma gravura do espanhol foi vendida por R$ 160 mil.
Ao “Fantástico”, a Fundação Joan Miró, baseada em Barcelona e responsável pela obra do pintor, disse que a anotação no verso do quadro é bastante similar à identificação emitida pela instituição e que é assinada com uma caligrafia parecida com a de uma das diretoras. Porém, só será possível avaliar pessoalmente se a gravura é de fato verdadeira.
Por ora, todas as obras apreendidas pela Polícia Federal estão guardadas no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, onde estão sendo analisadas até o julgamento.
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