Quatro meses depois das eleições de 2010, o patrimônio do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO, foto) praticamente quadruplicou. Em 2010, quando se reelegeu senador, Demóstenes declarou ao Tribunal Superior Eleitoral um patrimônio de R$ 374 mil. Pouco depois da eleição, o parlamentar comprou do seu suplente, o empresário Wilder Morais, um apartamento em um dos prédios mais luxuosos de Goiânia, no valor de R$ 1,2 milhão. O senador pagou R$ 400 mil à vista pelo apartamento. O restante teria sido financiado pelo Banco do Brasil. Na relação de bens apresentada por Demóstenes em 2010, ele listou possuir apenas um carro de R$ 102,4 mil, R$ 63,3 mil em contas bancárias e duas aplicações financeiras.
Em alta: Bancada ruralista
Os deputados ruralistas conseguiram aprovar o texto do novo Código Florestal do modo que desejavam. O projeto aprovado na semana que passou desagradou a presidente Dilma Rousseff, que ameaça vetar alguns pontos.
Em baixa: Câmara de Curitiba
O Legislativo municipal esteve mais uma vez no centro de um escândalo envolvendo verbas de publicidade da Câmara. A série de reportagens "Negócio Fechado" revelou nesta semana mais irregularidades no uso desse dinheiro
Copel 1
A chiadeira dos funcionários da Copel contra a redução de suas cotas de participação nos lucros da empresa no último trimestre deu resultados. Cortes tinham sido anunciados no final de março, a despeito do balanço da companhia em 2011 ter registrado lucro líquido recorde. Na semana passada, porém a direção da empresa anunciou um pagamento de um salário extra para cada servidor como bônus pelos resultados.
Copel 2
Antes de ser anunciado o bônus, os empregados reclamavam pelos corredores da empresa. Indignados com o corte, muitos falavam de uma coincidência: o contingenciamento de R$ 18 milhões na cota de participação dos lucros dos funcionários seria suficiente para cobrir a despesa de quase R$ 17 milhões que a empresa teve com a compra da aeronave que estará à disposição do governador Beto Richa (PSDB). Agora, com o anúncio do salário extra, a paz voltou aos corredores da Copel.
Pinga-fogo
"Se a Lei de Acesso à Informação estivesse em vigor durante a administração de João Cláudio Derosso (PSDB), talvez agora nós, curitibanos, não estivéssemos nos sentindo moribundos espectadores de uma trama que vitima toda a sociedade e enoja os cidadãos de bem."
Da vereadora Professora Josete (PT), sobre a falta de divulgação de documentos da Câmara Municipál e os recentes escândalos envolvendo a Casa.
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