O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou, nesta segunda-feira (21) que dois bons jogadores podem atuar no mesmo time.
"Acho que, quando o jogador é muito bom, dá para duplicar. Dá-se um jeito de colocar os dois em campo." Mas, quando questionado se a mesma teoria pode ser aplicada à política, Serra saiu pela tangente: "Vamos pensar a respeito." Na manhã desta segunda, em mais uma metáfora futebolística, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse não saber "se dois Tostões se saem bem no mesmo time", em alusão à uma possível chapa puro-sangue do PSDB, formada pelos governadores dos dois maiores colégios eleitorais do país, Serra e Aécio Neves, de Minas Gerais.
O governador de São Paulo, mais uma vez, não quis tratar de questões eleitorais. Questionado a respeito da nova pesquisa presidencial do Instituto Datafolha, divulgada no domingo (20), Serra respondeu que não falaria sobre política. A sondagem mostrou que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, reduziu para 14 pontos a diferença que a separa do governador, que lidera com 37% das intenções de voto. Dilma tem 23%. Em agosto, a distância entre eles variava de 19 a 25 pontos.
Serra disse que é possível que ele se encontre com Lula na quarta (23), mas que a reunião ainda não está confirmada. O tucano não quis adiantar o tema da possível conversa com o presidente.
Direitos humanos
As declarações do governador foram dadas após discurso na abertura da Conferência Internacional sobre Direitos Humanos, na capital paulista. Em sua fala, o governador disse ter havido avanços na questão dos direitos humanos no Estado, embora tenha ressaltado que muito ainda precisa ser feito.
"Temos de conjugar firmeza no combate ao crime e respeito aos direitos individuais", afirmou. A conferência é realizada pelo Núcleo de Estudos da Violência (NEV), da Universidade de São Paulo (USP), e pelo governo paulista.
Mais “taxa das blusinhas”? Alta do ICMS divide indústria nacional e sites estrangeiros
O que propõe o acordo UE-Mercosul, desejado por Lula e rejeitado por agricultores europeus
O ataque grotesco de Lewandowski à imunidade parlamentar
Marcos Pereira diz que anistia a réus do 8/1 não deve ser votada agora para não ser derrubada no STF