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O economista Josef Barat pediu demissão da diretoria de Relações Internacionais da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), informou o Ministério da Defesa nesta terça-feira.

Barat é o quarto diretor da Anac a pedir demissão, restando na diretoria da agência apenas seu presidente, Milton Zuanazzi, cada vez mais pressionado a deixar o cargo.

"O Zuanazzi agora está isolado. Vai ser afastado da presidência porque são os diretores que vão eleger uma nova presidência", disse o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), apostando no nome de Solange Vieira, já indicada pelo Planalto, como provável substituta no comando da Anac.

Em carta de demissão entregue ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, Barat alega divergência entre seus pontos de vista e os praticados no período em que esteve no órgão regulador como razão de sua saída.

Antes de Barat, Denise Abreu, Leur Lomanto e o coronel Jorge Luiz Brito Veloso já haviam renunciado aos cargos que ocupavam na Anac.

Jobim, que por várias vezes manifestou vontade de renovar completamente a agência, indicou para a diretoria da Anac o brigadeiro-do-ar Allemander Jesus Pereira e o economista Marcelo Guaranys, além de Solange, sua assessora.

Por enquanto, somente a indicação de Allemander já foi encaminhada ao Senado, responsável por aprovar as nomeações para órgãos reguladores. Ele já foi sabatinado, teve a aprovação da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura da Casa e agora será analisado pelo plenário.

A Anac está sob intensa pressão desde o pior desastre aéreo da história da aviação brasileira, protagonizado por um Airbus da TAM que colidiu com um prédio da própria empresa ao tentar pousar na pista principal do Aeroporto de Congonhas, matando 199 pessoas, em julho.

Também nesta terça-feira, o relator da CPI da Crise Aérea na Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), decidiu não pedir o indiciamento de nenhum diretor da Anac.

O pedido de indiciamento de Denise Abreu, acusada de apresentar à Justiça um documento sem validade para obter a liberação total da pista de Congonhas, chegou a ser dado como certo quando Maia iniciou a leitura de seu relatório na semana passada.

Maia, no entanto, pediu ao Ministério Público para abrir processo para determinar responsabilidades dos membros da agência na crise do setor aéreo, deflagrada há quase um ano pelo acidente com um Boeing da Gol, que deixou 154 mortos.

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