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Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência | Antônio Cruz/ABr
Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência| Foto: Antônio Cruz/ABr

O ministro Gilberto Car­­valho, da Secretaria-Geral da Presidência, afirmou ontem, ao comentar o anúncio do nome do deputado Brizola Neto (PDT) para o Ministério do Trabalho, que quem escolhe o ministro de Estado é a presidente Dilma Rousseff.

A pasta era comandada interinamente por Paulo Ro­­­­berto Santos Pinto desde dezembro do ano passa­­do, quando o ex-ministro­­ Carlos Lupi deixou o car­­go­­ em meio a denúncias de­­­­ ir­­regularidades.

O convite a Brizola Neto foi feito pessoalmente pela presidente Dilma na segunda-feira. No entanto, a sua indicação não era unanimidade no PDT. O deputado e Dilma se reuniram por mais de meia hora. Ele foi recebido no Planalto logo após reunião da presidente com o próprio Lupi, que é presidente do PDT, e o ministro Gilberto Carvalho.

"Quem escolhe o ministro de Estado é a presidente. O que ela fez foi informar o ex-ministro Lupi, presidente do PDT, essa decisão. Ela não fez uma consulta", disse Carvalho.

O ministro afirmou ainda que o governo buscará aproximação com todo o PDT. "Não acredito em racha [do PDT]. É uma bancada que nós respeitamos e faremos de tudo para que cada vez mais ela esteja próxima de nossa base." Carvalho reiterou que não houve estranhamento com Lupi. "Lupi não foi agressivo, pelo contrário, foi gentil."

IR e Bancos

O ministro disse que o­­ governo aceitou fazer a discussão para isenção do Imposto de Renda sobre o lucro das empresas.

"Está faltando só o entendimento em torno do método e da cifra. As centrais [sindicais] vão a Brasília na quinta para poder acertar isso. Esperamos até quinta poder resolver essa questão."

Carvalho também comentou a declaração de Dilma feita durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão. Em sua fala, a presidente cobrou dos bancos a redução mais contundente dos juros. "Há o empenho e a determinação da presidente em reduzir o custo do financiamento, mas não se trata de guerra contra ninguém", explicou o ministro.

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