Osmar Dias (PDT) Foi o principal beneficiado com a queda da verticalização porque o partido fica livre para formar uma ampla frente de oposição com o PSDB, PFL e PP. Se fosse mantida a regra, teria que disputar sem o apoio do PSDB, por exemplo, que terá candidato a presidente. Sem os tucanos, o PDT perderia estrutura e tempo de televisão, além de ficar sem as outras siglas que vão embarcar na candidatura presidencial de Alckmin ou Serra.
Alvaro Dias (PSDB) Apontado como um nome forte para concorrer ao governo, sua candidatura não deve vingar porque o partido não tem pretensão de lançar candidato próprio e trabalha pela aliança com o PDT. Caso fosse mantida a verticalização, o PSDB local seria obrigado a entrar na disputa porque terá candidato próprio à Presidência da República e teria que seguir a orientação nacional.
Rubens Bueno (PPS) Não altera o projeto de candidatura própria porque já estava disposto a entrar na disputa mesmo sem alianças. O partido, no entanto, está conversando com várias legendas, inclusive com uma ala do PFL, para buscar apoio. Bueno considera cedo para comemorar a queda da verticalização porque alguns juristas entendem que a emenda não tem validade para esta eleição.
Roberto Requião (PMDB) A mudança não atrapalha a aliança pretendida com o PTB e o PP, partidos que não terão candidato à Presidência da República, mas sepulta a esperança de uma coligação com o PSDB. O PMDB torcia por uma aliança nacional com os tucanos e que deveria ser repetida no Paraná caso fosse mantida a verticalização. Agora, terá que enfrentar uma frente de oposição mais forte.
Flávio Arns (PT) O fim da verticalização não terá reflexo em sua pré-candidatura porque os diretórios nos estados já seguem orientação da cúpula do partido. O PT deve buscar repetir no Paraná o pacto político nacional que está em andamento com o PSB, PL e PCdoB. Como o PMDB não sinaliza apoio à reeleição do presidente Lula, os petistas descartam a coligação com o partido no Paraná.