Comemoração
Servidores soltam rojões
Funcionários do Ministério da Agricultura comemoraram ontem a demissão do ex-ministro Wagner Rossi com rojões. A informação foi publicada no site do jornal O Estado de S. Paulo. Os servidores, segundo o jornal, procuraram evitar que algum deles fosse identificado. Para isso, quem soltou os fogos foi um lavador de carros do estacionamento do ministério, que disse ter recebido dez caixas de rojões de funcionários da pasta. O clima nos corredores do ministério, segundo relato do jornal, estava mais ameno ontem. Nos últimos dias, as conversas giravam em torno das denúncias contra o ex-ministro e sobre o mal-estar dos servidores com brincadeiras de amigos sobre "a distribuição de dinheiro" na pasta.
Da Redação
Falta de conhecimento de Ribeiro sobre o setor preocupa os ruralistas
Para os deputados ouvidos pela Gazeta do Povo, Ribeiro terá o desafio de reestruturar a pasta e retomar a agenda de assuntos agrícolas, que permaneceu esquecida pelo governo nos últimos meses.
Indicado pelo PMDB da Câmara com a chancela do vice-presidente Michel Temer, o deputado federal gaúcho Mendes Ribeiro foi confirmado ontem pelo Palácio do Planalto como novo ministro da Agricultura. Logo em sua primeira declaração pública, fez questão de prestigiar o ex-ministro Wagner Rossi, que caiu após ser envolvido em uma série de denúncias de corrupção. "Quero aprender com ele", disse Ribeiro, ao reconhecer que não é um conhecedor profundo do setor agrícola.
Ele também elogiou Rossi, destacando o "extraordinário trabalho" na agricultura e agradeceu o apoio do PMDB à sua indicação. Rossi é peemedebista, assim como Ribeiro.
Questionado se vai fazer uma "faxina" no ministério, diante das denúncias de irregularidades na pasta, o novo ministro disse que quem faz investigações são os órgãos responsáveis por esse tipo de trabalho. "Eu tenho de falar sobre números e olhar para a frente para ajudar a crescer a agricultura no país." Ribeiro também afirmou que a prioridade número 1 na sua gestão será "ouvir" o setor.
Ribeiro é amigo de Dilma desde os tempos em que ela era filiada ao PDT gaúcho. Ele foi um dos poucos peemedebistas a trabalhar na campanha presidencial de Dilma no Rio Grande do Sul. Assim como Wagner Rossi, também é ligado a Temer.
Liderança
A indicação de Ribeiro para o ministério abre uma disputa na base de Dilma para ver quem ficará com o cargo de líder do governo no Congresso. Deputados petistas afirmaram ontem que a liderança não será necessariamente do PMDB. Petistas e peemedebistas na Câmara concordam, no entanto, que a vaga deve ficar com um deputado e não com um senador.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), lembrou que, antes de Mendes Ribeiro, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), petista, era a líder do governo no Congresso. "Não há obrigatoriedade de ser do PMDB. Antes era do PT. Mas a decisão é da Dilma", disse Maia.
O PMDB, porém, reagiu. O presidente nacional da sigla, senador Valdir Raupp (RO), disse que caberá à bancada do partido na Câmara a indicação do novo líder do governo no Congresso. "Na liderança do Congresso já tinha sido escolhido um deputado da Câmara. Não seria agora que iria trocar para gerar alguma insatisfação. Então, permanece com a Câmara", afirmou Raupp.
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