O congresso mostrou que o PT caminha mais para o centro?
Não acredito. O congresso retomou questões de organização que são típicas de esquerda, como a limitação do número de mandato de parlamentares e a contribuição dos militantes. Não são questões ideológicas, propriamente. Mas limitar os mandatos, por exemplo, mostra que o mais importante é o programa, não a pessoa. Além disso, o partido decidiu não coligar com PPS, DEM e PPS.
Houve pressão do governo para aliviar alguma resolução?
Não houve. Não acho que as votações seriam diferentes se estivéssemos na oposição.
As alas mais à esquerda do PT, como a Democracia Socialista, da qual o senhor participa, estão ficando mais brandas?
Eu acho que são duas coisas diferentes. Na disputa interna do partido, a nossa postura tem de ser a de exigir mais. Mas outra coisa é a atuação do governo, que não podemos querer que represente uma ou outra tendência.
O estatuto do PT prevê que o partido rume para o socialismo. Isso ainda faz sentido?
Faz sentido. O partido atua dentro dos moldes do capitalismo. O Celso Furtado, em 1950, já dizia que o rumo do socialismo passava pelo fortalecimento do mercado interno. E o PT no governo faz isso. Mesmo porque eu quero socialismo para dividir riqueza, não para dividir pobreza.
O partido então quer a extinção da propriedade privada, por exemplo?
O PT, não. Mas alguns de nós, sim.
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