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Londres – Assim como o Brasil, a Bósnia-Herzegóvina, um dos países mais conturbados da Europa, realiza hoje suas eleições presidenciais e parlamentares. As semelhanças, no entanto, vão pouco além disso. No país europeu o voto é opcional, os presidentes eleitos são três e os discursos de campanha passam longe da economia ou dos serviços públicos, sendo centrados em questões étnicas.

É justamente esta polarização das eleições em torno de temas nacionalistas relativos às três etnias que formam a Bósnia – sérvios, croatas e muçulmanos bósnios, conhecidos como bosniaks – que preocupa a comunidade internacional.

O medo é que o país retorne ao sangrento cenário de guerra de 11 anos atrás, que opôs sérvios a bosniaks e croatas e resultou na morte de mais de 100 mil pessoas.

"É um pesadelo’’, afirma Chris Bennett, diretor de comunicação do Escritório do Alto Representante (OHR, na sigla em inglês), o órgão internacional que recebeu poderes executivos das Nações Unidas para liderar a reconstrução das instituições políticas da Bósnia. Os três presidentes que devem ser eleitos hoje se revezarão no poder a cada oito meses durante quatro anos.

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