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O deputado Paulo Rocha (PT-PA) afirmou que metade dos R$ 620 mil sacados por intermédio de seus assessores das contas de Marcos Valério foram utilizados para saldar dívidas de outro partido aliado do PT, o PSB. Segundo o deputado, o PSB do Pará recebeu o repasse de R$ 300 mil, conforme um acordo feito entre o PT nacional e o PSB nacional. Os outros R$ 320 mil foram utilizados, segundo Paulo Rocha, para quitar dívidas do PT paraense.

O presidente do PSB no Pará, ex-senador Ademir Andrade, disse que desconhece a transação.

Rocha admitiu ter promovido um encontro em seu apartamento entre dirigentes petistas e do PL, tendo inclusive a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente José Alencar, mas negou ter havido discussões sobre acordos financeiros. A informação da existência do encontro foi divulgada pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, em entrevista à revista "Época".

- Houve uma reunião normal para ajustes finais de aliança entre dois partidos. Oito a dez pessoas participaram dessa reunião, que teve inclusive a presença do deputado Nilmário Miranda - disse Paulo Rocha.

Rocha era o principal nome do PT para concorrer à eleição para o governo do estado no Pará, mas depois das denúncias do mensalão, começa a ser questionado.

- Primeiro ele deve explicações à sociedade e a nós militantes do PT. Tudo vai depender muito das apurações- disse a senadora Ana Júlia Carepa.

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