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O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta segunda-feira (28) que o governo deixará para 2010 o pagamento de cerca de R$ 60 bilhões referentes ao orçamento deste ano. Ele se reuniu hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer um balanço da execução orçamentária de 2009.

"Ainda vamos fazer uns pequenos ajustes. Ele pediu para liberar um pouco de recurso para o Ministério da Defesa e para alguns organismos internacionais, que vamos pagar na última semana, e também fizemos uma preliminar do orçamento de 2010, que foi votado e não veio ainda do Congresso", disse Bernardo em entrevista após deixar a reunião no Centro Cultural Banco do Brasil, sede provisória do governo.

O ministro classificou como "satisfatória" a execução orçamentária de 2009, apesar de não ter adiantado os números à imprensa. "Considerando o ano que tivemos, com a queda na receita, com o aumento em algumas despesas, porque fizemos a opção de não fazer cortes, acho que conseguimos uma façanha. O Brasil está terminando o ano numa situação tranquila. O orçamento não foi um empecilho para o Brasil", afirmou.

Segundo Bernardo, o pagamento de projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) cresceu 40% em relação ao ano passado.

Orçamento de 2010

Paulo Bernardo avisou que a Lei Orçamentária de 2010, cujo texto foi aprovado pelo Congresso no último dia 22, será sancionada somente no ano que vem, possivelmente na segunda quinzena de janeiro. O texto-base do projeto prevê investimentos de R$ 151,9 bilhões. A maior parte deste montante vem de empresas estatais: R$ 94,4 bilhões.O Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do governo federal vai consumir em 2010, segundo o relatório, R$ 29,9 bilhões.

PAC 2

Dentre as prioridades apontadas para 2010, Paulo Bernardo enumera a preparação de projetos do chamado PAC 2, que será voltado para obras de infraestrutura. "Conversei com o presidente sobre como ele gostaria de conduzir a organização dos investimentos para os próximos anos. Ele tem falado em fazer um PAC 2. Teremos uma reunião ainda em janeiro para tratar desse assunto", disse o ministro.

"O governo acaba no ano que vem, mas o Brasil não acaba no ano que vem. Em qualquer hipótese, o governo que vai ser eleito, pode ser um candidato da situação ou da oposição, o Brasil vai continuar precisando de investimentos em rodovias, ferrovias, aeroportos, portos [...] 95% dos casos estarão resolvidos porque são investimentos que todos acham que têm de ser feitos", acrescentou.

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