O depoimento do policial civil Délcio Rasera à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Grampo, agendado para segunda-feira, deve ser marcado pelo silêncio. O advogado do investigador, Luiz Fernando Comegno, entrou anteontem à noite com um pedido de liminar no Tribunal de Justiça para que um salvo-conduto permita que seu cliente não responda às questões dos deputados estaduais. A solicitação não foi julgada até ontem. Comegno justifica o pedido com o fato de que o cliente está sendo processado em segredo de Justiça no Fórum de Campo Largo.
O relator da CPI, Jocelito Canto (PTB), foi surpreendido com a notícia. Ele disse que vai consultar a assessoria jurídica da Assembléia para saber qual postura irá adotar. "Seria muito importante que ele nos dissesse algo, até porque os depoimentos que conseguimos até agora mostram que ele trabalhou para outros governos", afirma o parlamentar. Outro depoimento importante nesta semana será o do operador de telefonia Isaque Pereira da Silva, acusado de trabalhar em parceria com Rasera.
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