O coordenador da Promotoria de Investigação Criminal (PIC), Paulo Kessler, disse que a CPI do Grampo foi uma tentativa de desmoralização da investigação que envolve o governo do estado com escutas telefônicas ilegais. "Como não há como desqualificar a prova de que os grampos são reais, estão desqualificando os promotores. Ficou mais ou menos assim: João traiu Maria, mas o culpado da história foi o sofá", disse.
As declarações foram uma resposta ao depoimento do policial civil Délcio Rasera à comissão, que ocorreu na quinta-feira. O investigador acusou a PIC de trabalhar a favor da campanha de Osmar Dias. Além disso, afirmou que Kessler utilizou a promotoria para investigar problemas familiares e, dentro disso, envolveu Rasera. O promotor negou o envolvimento pessoal.
Ele também lamentou a maneira como os deputados estaduais interrogaram o policial. "Se o depoimento tivesse mais 15 minutos, o Rasera sairia da Assembléia com o título de cidadão honorário, tal a comoção de alguns membros da CPI", disse. Kessler alertou que o policial conduziu suas declarações para demonstrar que é um "preso político". "Ele pensa que está muito acima de tudo, seja da polícia ou do que for." (AG)
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