O reajuste para o funcionalismo público de Curitiba foi aprovado, em segunda votação, na Câmara Municipal nesta quinta-feira (18). O aumento é de 6,77% e foi proposto pelo Executivo. A aprovação ocorreu por unanimidade, em sessão extraordinária realizada nesta manhã. O projeto de lei segue para a sanção do prefeito Gustavo Fruet (PDT).

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A primeira votação ocorreu na sessão plenária de quarta-feira (17), quando duas emendas foram derrubadas. Elas estendiam o reajuste aos agentes políticos (prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores).

Manobra

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De acordo com o colunista da Gazeta do Povo, Celso Nascimento, a manobra tinha o objetivo de aumentar o teto do funcionalismo municipal, regulado pelo subsídio do prefeito Gustavo Fruet (PDT). Atualmente, de acordo com o colunista, há um grupo de servidores que tem salário de pouco mais de R$ 26 mil, equivalente ao teto, e que, portanto, não seriam beneficiados com o reajuste.

As emendas foram feitas a partir de um parecer da Procuradoria Jurídica da Câmara, que, com uma troca de palavras no artigo 2 da proposição, estendeu o aumento a todos os agentes políticos. O líder do prefeito na Câmara, Pedro Paulo (PT), já havia sinalizado que a orientação para a base aliada seria a derrubada da emenda, o que de fato aconteceu.

Avanço parcial

A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), Ana Paula Cozzolino, disse na quarta-feira que o reajuste é um avanço parcial. "A inflação foi reposta, mas não há um aumento real, e parte das reivindicações dos servidores ainda não foi atendida". Ela afirmou que a luta agora dos servidores é pela isonomia salarial e um aumento do piso para R$ 1,5 mil – a medida recém-aprovada eleva também o menor salário do servidor municipal, de R$ 710 para R$ 1,1 mil.