Rebelião deixa seis mortos em presídio de segurança máxima em PE. Termina motim na Bahia

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Policiais do Centro de Operações Especiais de Salvador conseguiram controlar a rebelião do Complexo Policial de Santo Antonio de Jesus. Parte das instalações foi destruída pelos presos, que atearam fogo às celas e quebraram cadeados.

Os presos reclamam da superlotação porque a cadeia, com capacidade para 42 presos, tem 68. Todos os detentos devem ser transferidos ainda nesta segunda para presídios de cidades próximas. No prédio funciona a Coordenadoria Regional de Polícia e uma delegacia.Mortes em Pernambuco

Na madrugada desta segunda-feira, uma rebelião deixou seis detentos mortos e vários feridos na Penitenciária de Segurança Máxima Barreto Campelo, na ilha de Itamaracá, litoral norte de Pernambuco. Os detentos mortos foram identificados como Rafael Santos, Lindinaldo Simões, João Gomes, José Eduardo Trajano, Emerson Santos e Marconi Cavalcanti, e foram assassinados por asfixia, carbonizados e a facadas.

Segundo o secretário de Ressocialização, Humberto Viana, já foi instaurada sindicância para apurar a responsabilidade da direção da unidade e dos servidores no episódio.

- Queremos saber o que existe por trás disso tudo para que as facções fiquem se digladiando - disse Viana.

A rebelião começou na noite de domingo. O Batalhão de Choque da Polícia de Pernambuco chegou a invadir a unidade para tentar conter o motim.

A penitenciária Barreto Campelo, atualmente, está com 1.344 presos, mas a capacidade da unidade é de 1.140 presidiários.

Presos são liberados após tumulto

Poucas horas depois do tumulto em Pernambuco, 46 presos deixaram o presídio porque tiveram a revisão de seus processos concluída. Desse total, 26 estão em liberdade condicional e precisam se apresentar à Justiça uma vez por mês. Outros 20 detentos passaram para o regime semi-aberto e foram transferidos para a Penitenciária Agroindustrial São João, também em Itamaracá. Na semana passada, os presos haviam iniciado uma greve de fome para exigir maior rapidez da Justiça na análise dos processos.