O clima ainda é tenso no Complexo Policial de Itabuna, no sul da Bahia, onde os 140 presos se rebeleram durante todo o domingo, resultando na morte de um detento. Um policial e um agente carcerário foram baleados. A rebelião começou por volta das 10 horas e só terminou no início da noite, após negociações entre a polícia e os rebelados. Toda a área interna da cadeia ficou destruída. Além da transferência para outras unidades - os presos alegam que a Casa de Detenção, que só tem espaço para 58 detentos - eles cobravam das autoridades competentes o direito ao banho de sol e a visitas de parentes também aos domingos, além das quartas-feiras como já ocorre semanalmente. Promotores de Justiça, policias militares, delegados e padres participaram das negociações, que resultaram na transferência de 70 deles para as cadeias dos municípios de Jequié e Ilhéus, pondo fim ao levante.
A revolta teria começado na ala A, que abriga aqueles considerados de maior periculosidade. Os presos atearam fogo em colchões para despistar, enquanto outros serraram parte das grades das celas e passaram para o pátio, onde se esconderam. Em seguida, chamaram o agente civil José Aristides, tomaram o seu revólver e o fizeram refém. O carcereiro José Alves que teria ido em socorro do policial, recebeu um tiro no abdômen.
O detento Robson dos Santos foi assassinado pelos colegas, segundo a polícia, de forma cruel. Ele foi esfaqueado, teve os dedos cortados e um deles colocado dentro da boca. Teve ainda o corpo parcialmente queimado. A polícia suspeita que uma rixa entre facções tenha sido o motivo da morte de Robson dos Santos. O preso conhecido como Bolota, um dos líderes da rebelião, é apontado como autor do crime. Eles ainda espancaram outro desafeto do grupo de Bolota, Aderlan dos Santos, preso por porte ilegal de arma.
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